e o balançado das pernas ser confundido
no meio da tarde alaranjada da Frei Serafim
Em que a posição dos postes queriam dizer algo
Só por que você estar surdo
O problema é o meu cabelo lilás
Fazendo alarde toda manhã
Em que os mendigos da Miguel Rosa querem paz
E só eles vêem a minha cara na janela do ônibus
Por que essa mesma no caminho não se desfaz
E só eles vêem a minha cara na janela do ônibus
Por que essa mesma no caminho não se desfaz
O problema é a semente que se planta
Sabendo o que vai germinar
E dar aval pra erva daninha
Dar fim na colheita antes mesmo
da terra molhar
O problema é ignorar os avisos dos signos
E querer salvar o próprio mundo
Abrindo as costelas pra parir
o anjo torto e caído que vai ser crucificado
Só de advinhar descuido.