a mulher que vê se aproxima cada vez mais
seus passos estreitos que não querem voltar
estão no rumo das ruínas
em frente, na intenção...
em frente, na intenção...
O tempo é a representação da ironia
de prosseguir e sempre perder o que se tem nas vistas
O horizonte exato a olho nu
consegue encantar com as suas armadilhas
ilusão de ótica multicoloridas e chama
Eu, nas distãncias de ontem, não paro de caminhar
e a muito não vejo mais os passos que dei
busco mesmo é não buscar
cruzo os dedos e aqui sento e tomo café
cruzo os dedos e aqui sento e tomo café
Tenho paz nas mãos
Algumas coisas devem ser entendidas
O horizonte não se move, não se alcança
Vejo de longe e entendo o sinal
Vejo de longe e entendo o sinal
vejo também que não há mais chances de voltar pro mesmo lugar
No presente estou
costuro os fiapos dos dias e me deito
Só
e com ele.