Quem sou eu

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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

sábado, 31 de janeiro de 2015

No banheiro
Canudos turbinados
Na mesa eles
Lado a lado
Carvalho me espera la fora
Seu estado : alterado.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Escrevo sobre tudo que vejo
tudo que vejo
                     sucinto
sinto que escrevo por isso
e ligeiramente não vejo o que
escrevo
mas  sinto
Estão todos na varanda
Eu na calçada
No passo do copo que desanda
Equilibrando letra por letra
Do que hei de falar
Pro  medo do teu raciocínio gramatical
Não cair por terra
Quando eu confessar
que não tenho algemas
Eu também quero me libertar

Tenho uma boca que tem asas
Pro teu  coração levitar

Denúncia

Meus  olhos mudos
falaram sem querer
o que boca viu
Antes de amanhecer

Nas longitudes dos cílios
vasto espaço
Andança
Na solitude das bocas
Vento quente
Amansa

domingo, 4 de janeiro de 2015

Fascismo

É querer entrar na vida de alguém
E querer que ela nunca tenha vivido
Não se engane
Todos nós
Já estamos com os lacres todos rompidos.

Dó sem ré

A pena é mais pesada do que você pensa
Quando o desejo atiça o que o coração depena
A pena é mais pesada do que você imagina
Quando o coração de um homem é depenado por uma calcinha.

PECADO DE LABUTA



Não há
Sol
Que a faça parar de bocejar
No caminho
No buzão
Em cima do balcão
Falando inconscientemente
Ela dorme
E suspira
Um suspiro como quem diz:
Eu só existo depois do meio dia.

JOSÉ SANTOS E SILVA



Na esquina pagã
o muro do sexo
na saia cristã
o terror controverso.
Quatro postes
                         de quatro
Os muros
De quatro
                  saltos noturnos.
Coração assanhado
Batom desbotado
Cabelo de sal
Domingo nublado
Demaquilando
A avenida central.
Hoje vou de salve
Solta pra relento
Vestida de clichê
Protegida pelo vento
Encontrar cerveja
No desencontro das bocas
Sozinha no bar
Se o banheiro é a igreja dos bêbados
Deixa eu rezar.



Vi

Seu olho arregalado
Me  olhando assim de lado

                                  ARREGALA


Meu psicoestado.