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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

domingo, 4 de janeiro de 2015

Fascismo

É querer entrar na vida de alguém
E querer que ela nunca tenha vivido
Não se engane
Todos nós
Já estamos com os lacres todos rompidos.

Dó sem ré

A pena é mais pesada do que você pensa
Quando o desejo atiça o que o coração depena
A pena é mais pesada do que você imagina
Quando o coração de um homem é depenado por uma calcinha.

PECADO DE LABUTA



Não há
Sol
Que a faça parar de bocejar
No caminho
No buzão
Em cima do balcão
Falando inconscientemente
Ela dorme
E suspira
Um suspiro como quem diz:
Eu só existo depois do meio dia.

JOSÉ SANTOS E SILVA



Na esquina pagã
o muro do sexo
na saia cristã
o terror controverso.
Quatro postes
                         de quatro
Os muros
De quatro
                  saltos noturnos.
Coração assanhado
Batom desbotado
Cabelo de sal
Domingo nublado
Demaquilando
A avenida central.
Hoje vou de salve
Solta pra relento
Vestida de clichê
Protegida pelo vento
Encontrar cerveja
No desencontro das bocas
Sozinha no bar
Se o banheiro é a igreja dos bêbados
Deixa eu rezar.



Vi

Seu olho arregalado
Me  olhando assim de lado

                                  ARREGALA


Meu psicoestado.