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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cama de jardim

Depois da melhor foda
Em meses
Disse a ela para esquecer-lhe
Coisa sem futuro
Esse negócio de esquecer
Não se esquece mordida no queixo
Nem vinte e nove beijos
Não se esquecem olhos fuzilantes
Nem vinte e nove beijos
Nem se quer dá vontade de esquecer
gostava do cheiro da mistura com cigarro
ela gostava dos pêlos  também
                                                     dos acasos
esquecer,  fácil  assim:
Decretando.
E decretado estava
Se acabou na última esquina de silêncio
Aquela história  de fogo de palha
Mais fogo que palha
Só fogo,  admito
Ebulição  pupilar
Cama de Jardim