Soaria tão bonito em tua boca um só som lançado há tempos em meus cantos. Não queria mais, nem cesso o fato. Anestesio e acho crueldade o fato de anestesiar. A pia do banheiro fala, a pia da casa abandonada na casa ao lado da casa de sua mãe fala mais. Lá naquele cenário está pendurado o sentido de tudo que desapareceu aqui. Não sou eu quem passo no rol e deixo o perfume. O rol está lá. Sim, tenho medo de altura e o fato é que revisito, principalmente aos domingos pela manhã um futuro negro e silencioso. Existem sim mil braços e bocas e paus. Nada vezes 10 é noves fora zero porque tu não vais estar lá. E vais estar passando na mesma avenida que caminhas pensando nas cores das nuvens. Não tenho mais paciência e o meu coração pesa. O analista não alivia e me sinto melhor. Como se não fosse castigo suficiente, tenho de chamar o teu nome o dia inteiro pra nada. Estou em paz porque sei que tu não estavas mais feliz e não há peso maior que carregar a infelicidade de quem se ama. Soaria tão bonito em minha boca a anunciação das tuas pisadas que vinham me ver de mochila e como é? A longo prazo contigo estou em paz. Deus, perdoe as nossas falácias por que de fato não sabemos de nada.
-Pare de carregar esse peso. Pare de se culpar. Você fez o que deu.
Como é possível? Sentir culpa por que o outro não quis cultivar o que disse eterno? O encontro. O amor vai nos separar novamente. Só o amor pode curar tamanha cicatriz. Não me percebeu morando nos terrenos seus. Onde você foi amar? Quanta tortura por não saber perder. O seriado e tudo o mais não faz sentido. Seguro firme no riso que sei que me volta e que me voltaria. A cama ficou e nada mais significa esperança. Permaneço em rocha e trucido os sentidos no sono da verdadeira solidão.