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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Escrevo sobre tudo que vejo
tudo que vejo
                     sucinto
sinto que escrevo por isso
e ligeiramente não vejo o que
escrevo
mas  sinto
Estão todos na varanda
Eu na calçada
No passo do copo que desanda
Equilibrando letra por letra
Do que hei de falar
Pro  medo do teu raciocínio gramatical
Não cair por terra
Quando eu confessar
que não tenho algemas
Eu também quero me libertar

Tenho uma boca que tem asas
Pro teu  coração levitar

Denúncia

Meus  olhos mudos
falaram sem querer
o que boca viu
Antes de amanhecer

Nas longitudes dos cílios
vasto espaço
Andança
Na solitude das bocas
Vento quente
Amansa