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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

REDENTORA

Trate de levantar o queixo
quando o martelo do desejo cair  no pé
e machucar o dedo
Nada é mais libertador que estar sozinho
no próprio peito.

EMPTY

Vez por outra esfrego as mãos e olho
vejo que há linhas demais vazias
Olho para trás e vejo tudo no caminho
deixei na marra escorrer por entre os dedos
deixei tudo a mercê do destino
Não se pode seguir segurando bagagem por dois
estando sozinho.

Cinzeiro

Pensando, me dei ao luxo
e fumei o último cigarro que deixaram no criado mudo
Percebi que o futuro adeus nos pertence
então ouça o conselho do pássaro taciturno:
Leve só  o que pode deixar pra trás
Tudo aqui flutua e é de súbito
Mesmo que te pareça absurdo.