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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

terça-feira, 19 de abril de 2016

POR ENQUANTO

O sol se põe no horizonte inalcançável
a mulher  que vê se aproxima cada vez mais
seus passos estreitos que  não querem voltar
estão no rumo das ruínas
em  frente, na intenção...
O tempo é a representação da ironia
de prosseguir e sempre perder o que se  tem nas vistas
O horizonte exato a olho nu 
consegue encantar com as suas armadilhas
ilusão de ótica multicoloridas e chama
Eu, nas distãncias de ontem, não  paro de caminhar 
e a muito não vejo mais os passos que dei
busco mesmo é não buscar
cruzo os dedos e aqui sento e tomo café
Tenho paz nas mãos 
Algumas coisas devem ser entendidas
O horizonte não se move, não se alcança
Vejo de longe e entendo o sinal
vejo também que não há mais chances de voltar pro mesmo lugar
No presente estou
costuro os fiapos dos dias e me deito
e com ele.