Quem sou eu

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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Se desata
me enlaça
deixa de cena
de sentir pena
vê  se aprende
não se perde
Se desprende
E me leve.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Todas as vozes ja existem
Eu quero inventar todas as cores
Todas as cores ja existem
Eu quero inventar novos sabores
Todos os sabores ja existem
Eu quero inventar novos ardores
Todas as dores ja existem
Vou inventar algum antídoto
Que ainda não te vi livre disso
E acho que quem vai inventar
Nem vai fazer o teu tipo.
Você não escuta
O que meu olho vê
Você acha lindo
E não parece saber
Que o tesão dos meus cílios
                                                 Grita

Beija você

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Cama de jardim

Depois da melhor foda
Em meses
Disse a ela para esquecer-lhe
Coisa sem futuro
Esse negócio de esquecer
Não se esquece mordida no queixo
Nem vinte e nove beijos
Não se esquecem olhos fuzilantes
Nem vinte e nove beijos
Nem se quer dá vontade de esquecer
gostava do cheiro da mistura com cigarro
ela gostava dos pêlos  também
                                                     dos acasos
esquecer,  fácil  assim:
Decretando.
E decretado estava
Se acabou na última esquina de silêncio
Aquela história  de fogo de palha
Mais fogo que palha
Só fogo,  admito
Ebulição  pupilar
Cama de Jardim