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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

CONFESSIONÁRIO

Vejo a lama caindo  por dentro do jardim de inverno
e não consigo ignorar o abstrato
De onde você tirou pra jogar aqui?
Quantos corpos dentro dos azulejos você já enterrou?
É um grito de socorro?
Vida de orvalho que fica doce amanhã
Não espere pra se ancorar no cais de luz
Os ponteiros param de trabalhar quando bem entender
Todas as respostas pairam na pele do cordeiro que não dorme
Qual dobra arrebentou tuas raízes?
Mas tudo bem, você tem sempre uma mão na testa
E nos olhos tantos dedos
Criatura negra, mistério dos céus
O que você faz aí do lado da mesa colorida calado?

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