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A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

domingo, 31 de julho de 2016

Do coração ( Á Punho de Olga)

Se eu quero falar com Deus, estanco os gritos e me vou para o teto da cidade
Olho as cabeças do tamanho dos piolhos, lá embaixo
Tenho por dentro das horas  o olhar desaparecido e posso me doer lembrando...
Cutuco as avenidas e sou levada ao  encontro de Setembro
Dói, e eu não desejo pra ninguém esse aleijamento  que os viadutos deixam quando atravesso as direções da cidade.
Sei, passa. Falo  e cheiro.
Quando me falam assim,   estico e fecho   os olhos num riso amarelo de graça.
Não escutam os violinos de meu peito dentro da noite que quase sempre se arrasta
Passo o dedo no rosto e olho pro céu
Oro em murmúrio...
Desconhece a dor fina que ensurdece, fazendo zumbidos de silêncio da saudade
aquela dona que nunca perdeu das vistas, seu beijo azul. Manoel.

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