Quem sou eu

Minha foto
A escrita sempre foi fiel. Os episódios aqui encontrados são batizados de Escarros pois os mesmos são expurgos íntimos e partos divinos diferencialmente temperados pelos versos e circunstâncias que os compõem. Muitas vezes escorrem coisas a todo o tempo sem controle, disso tiro a lição e arte que se eterniza, mesmo que a poucos olhos. O valor é da existência. -Se fosse objeto seria polaroid, cuspiria poesia.

terça-feira, 12 de abril de 2016

EDITAÇÃO



Falei com Deus e ela
Caminhei sob os espirais
Com as pernas trêmulas: ai, se eu deslizo!
Olho minhas mãos evocando as estrelas
A mesma forma que contempla as costelações
Não há medo em deslizar no circulo
Visto que se hoje estou aqui
Amanhã disparo na atmosfera do infinito
Me prolongo nas coisas a frente
tento explicar o rodopio absurdo
Falo de coisas que só senti
Apoiada no basculhante
Contando causos do passado dilúvio
Me proponho a me alinhar ao destino
já que há incerteza por todos os lados
Espalho avisos na estrada
Pois nunca escutam quando alerto sobre buracos
Deixo em mim uma tormenta adormecida
Abandono a sala do projetor
Rebobino o filme assistido
Me proíbo de dar spoiler ao expectador
Vejo as vidas desgovernadas
entre carnes e fatos
O coração dos animais aos seus instintos pertencem
A cabeça dos homens é terreno minado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário